terça-feira, 17 de outubro de 2023

ARTIGO SOBRE SEGURANÇA HOSPITAR

 

Especialista em segurança hospitalar mostra quais as fragilidades de segurança e os alvos de criminosos


Embora pouco noticiado para preservar a imagem, os hospitais, assim como todos os grandes empreendimentos no Brasil, são alvo potenciais de crimes.

Com o aumento da criminalidade no país a maioria das instituições está investindo em segurança patrimonial, criando mais controle nos seus acessos com barreiras físicas no entono do perímetro e tecnologia de ponta, fazendo migrar estes tipos de crimes para os hospitais o qual o controle de acesso com estes tipos de equipamentos ainda não é comum, principalmente em função do baixo investimento ou mesmo nenhum, como ocorre em hospitais públicos.

Os hospitais possuem vulnerabilidades que potencializam o interesse dos criminosos como: a concentração de produtos de alto valor agregado (remédios e equipamentos) e facilidade de transporte; o estado emocional dos pacientes e acompanhantes, que dificultam a atenção aos seus pertences e a facilidade de acesso e movimentação pelas áreas internas do hospital.

“Por influência da arquitetura hospitalar, que em sua maioria tem construções criando vários blocos e anexos, na maioria das vezes sem uma perfeita integração entre eles, além de muitos acessos, várias entradas e portarias, dificulta o controle e facilita ações de quadrilhas e oportunistas. Para ambientes com essa complexidade, os projetos de segurança devem ser elaborados com uma grande profundidade de análise. Pra isso deve ser considerada não apenas a proteção propriamente dita, mas também como as equipes e os recursos de segurança podem auxiliar a criar um clima de confiança que favoreça o tratamento e a cura dos pacientes”, comenta Alexandre Judkiewicz, Diretor Nacional de Operações do GRUPO GR.

Segundo Judkiewicz, que atuou por anos na gestão de segurança de hospitais, diz que não há um perfil criminal definido que atua no segmento hospitalar, o perfil varia de acordo com o alvo do crime (equipamentos, remédios, roubo de pertences, documentos) e níveis de segurança e proteção diferentes em cada hospital. “A atuação criminosa sempre considera as vulnerabilidades dos hospitais: controles de acesso frágeis, movimentação interna sem controle, falta de processos de prevenção de perdas em farmácias, o estado apreensivo dos pacientes e acompanhantes que deixam seus pertences soltos e sem monitoramento, almoxarifados decentralizados sem controle de movimento”, explica.

Mas qual o verdadeiro alvo dos criminosos?

– Furtos (normalmente internos) de medicamentos psicotrópicos e, algumas vezes até de itens como Botox;

– Furtos de equipamentos médicos de alto valor agregado e pequenos, como equipamentos de endoscopia, medidores de pressão, oxímetros, e etc.,

– Furtos de pertences por oportunidade (bolsas, carteiras, celulares, laptops, etc.), quando deixados em lugares de fácil acesso sem monitoramento.

“Importante destacar que os crimes contra o patrimônio mais comuns em hospitais não são a principal preocupação dos administradores e corpo de segurança. O risco que tem a absoluta prioridade é a tentativa de sequestro de bebês”, completa Alexandre Judkiewicz.

Em um ambiente hospitalar existem vários tipos de emoções, desde a felicidade do nascimento e cura até o medo, apreensão e dor da perda, por isso a segurança patrimonial em um ambiente hospitalar tem que atuar de forma inteligente com muita descrição a identificar e prevenir ameaças potenciais e reais através de treinamentos específicos, campanhas de divulgação e conscientização de práticas de segurança.

Segundo o Diretor Nacional de Operações do GRUPO GR os cinco principais pontos que devem ser observados num bom projeto de segurança hospitalar são:

1)   Análise territorial – local onde o hospital está construído, características do entorno, meios de transporte do entorno, índices criminais da região, presença das forças de segurança pública, sazonalidades locais, etc;

2)   Análise dos riscos do empreendimento – verificação dos riscos puros aos quais o empreendimento está sujeito. Risco puro é o risco antes do tratamento, ou seja, trata-se da ameaça considerada realizada sem que nenhum empenho seja feito para evitá-la;

3)   Determinação dos sistemas de proteção – mitigação de cada risco apurado;

4)   Determinação dos sistemas de gerenciamento de crises e emergências – o caso da manifestação dos riscos apurados;

5)   Controle de qualidade e produtividade – regulação dos indicadores de todas as ações, normas e procedimentos adotados.

“Para uma segurança patrimonial em um ambiente Hospitalar ter sucesso depende muito do grau de envolvimento, cooperação e participação do público interno, que precisa ser inserido nas medidas de segurança patrimonial estabelecidas e terão que ser estimulados a participar. Também para a segurança atingir seus objetivos se faz necessário uma segurança voltada a um sistema integrado com todas áreas do hospital, gerando assim uma sensação de segurança para colaboradores e usuários, protegendo os bens da organização e contribuindo na busca de ambiente saudável e mais seguro”, finaliza Alexandre Judkiewicz.

Fonte Revista Hospitais Brasil

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

ROTEIROS E DIRETRIZES PARA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR

Existem roteiros e diretrizes específicas para a acreditação em hospitais, que são desenvolvidos por organizações de acreditação, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA) no Brasil e a Joint Commission International (JCI) a nível internacional. A seguir, apresento um roteiro geral que pode ser adaptado com base nas diretrizes específicas da organização de acreditação escolhida:

1. Pré-Acreditação:

Comprometimento da Administração: A primeira etapa envolve a obtenção do comprometimento da alta administração do hospital para buscar a acreditação e designar uma equipe de coordenação do processo.

Seleção da Organização de Acreditação: Escolha a organização de acreditação que melhor se adapte às necessidades do hospital (por exemplo, ONA, JCI).

2. Preparação:

Formação de Equipe: Crie uma equipe multifuncional que inclua representantes de todas as áreas do hospital, desde médicos e enfermeiros até pessoal administrativo e de apoio.

Avaliação Inicial: Realize uma avaliação inicial para identificar as lacunas entre os padrões de acreditação e as práticas atuais do hospital.

Desenvolvimento de Políticas e Procedimentos: Crie ou atualize políticas, procedimentos e protocolos para garantir a conformidade com os padrões de acreditação.

3. Implementação:

Treinamento e Educação: Forneça treinamento e educação contínuos para os funcionários em relação às práticas e procedimentos a serem seguidos.

Avaliação de Riscos e Segurança do Paciente: Implemente programas para avaliar e gerenciar riscos, bem como garantir a segurança dos pacientes.

Monitoramento e Melhoria Contínua: Estabeleça sistemas de monitoramento para acompanhar o desempenho do hospital e implementar melhorias.

4. Auto avaliação:

Auto avaliação Interna: Realize auto avaliações regulares para verificar a conformidade com os padrões de acreditação. Identifique áreas de melhoria e desenvolva planos de ação para resolvê-las.

5. Visita de Avaliação:

Agendamento da Visita de Avaliação: Marque a data da visita de avaliação pela equipe de avaliadores da organização de acreditação.

Preparação para a Visita: Prepare a documentação necessária e forneça acesso aos avaliadores a todas as áreas do hospital.

6. Resultados e Melhoria Contínua:

Recebimento do Relatório de Avaliação: Após a visita de avaliação, o hospital receberá um relatório com os resultados.

Implementação de Melhorias: Implemente quaisquer recomendações ou ações corretivas sugeridas no relatório de avaliação.

Monitoramento Contínuo: Mantenha a conformidade com os padrões de acreditação e continue a monitorar e melhorar o desempenho do hospital.

Lembre-se de que as diretrizes e os padrões de acreditação variam de acordo com a organização de acreditação escolhida. Portanto, é fundamental consultar os materiais e requisitos específicos fornecidos por essa organização para orientar o processo de acreditação. O apoio de consultores especializados em acreditação também pode ser benéfico para garantir o sucesso do processo de acreditação hospitalar.

SEGURANÇA EM HOSPITAIS


 

NÍVEIS DE ACREDITAÇÃO DA ONA

 

A ONA, por exemplo, possui três níveis de acreditação: Acreditado, Acreditado Pleno e Acreditado com Excelência, cada um com critérios específicos. A JCI, por sua vez, é uma organização internacional de acreditação que também avalia hospitais no Brasil com padrões internacionais.

É importante mencionar que a acreditação hospitalar não é obrigatória no Brasil, mas é altamente recomendada. Muitos hospitais e clínicas buscam acreditação como uma forma de demonstrar seu compromisso com a qualidade e a segurança do paciente.

No entanto, a acreditação não é uma solução definitiva para todos os problemas do sistema de saúde no Brasil. Ainda existem desafios significativos, como a falta de acesso a serviços de saúde em algumas regiões, a escassez de recursos financeiros e a necessidade de investimentos em infraestrutura e capacitação de profissionais de saúde. A acreditação é apenas uma parte do esforço necessário para melhorar o sistema de saúde brasileiro, mas desempenha um papel importante na busca por melhores padrões de atendimento e segurança para os pacientes.

ACESSIBILIDADE & INCLUSÃO


 

GARANTIA DE QUALIDADE


 

ACREDITAÇÃO ONA


 

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL

 

Acreditação hospitalar no Brasil é um tema de grande importância no sistema de saúde do país. A acreditação é um processo voluntário pelo qual instituições de saúde buscam a validação de sua qualidade e segurança, por meio da avaliação de conformidade com padrões preestabelecidos. No Brasil, a acreditação hospitalar é conduzida por organizações como a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Joint Commission International (JCI).

A acreditação hospitalar tem diversos objetivos e benefícios:

Melhoria da Qualidade Assistencial: A acreditação promove a melhoria contínua na qualidade dos serviços de saúde, incentivando a adoção de boas práticas e aprimorando os processos de atendimento ao paciente.

Segurança do Paciente: Através da avaliação dos processos, procedimentos e estrutura física, a acreditação visa garantir a segurança dos pacientes, reduzindo erros médicos e eventos adversos.

Eficiência Operacional: A implementação de padrões de acreditação muitas vezes resulta em maior eficiência na gestão hospitalar, o que pode levar a redução de custos e melhor utilização de recursos.

Competitividade: Hospitais acreditados muitas vezes têm uma vantagem competitiva, pois a acreditação é vista como um selo de qualidade que pode atrair mais pacientes e investidores.

Conformidade Legal: A acreditação também ajuda os hospitais a atenderem às regulamentações governamentais e a cumprir as normas de saúde, minimizando riscos legais.

Para obter a acreditação hospitalar no Brasil, as instituições de saúde passam por um processo de avaliação rigoroso, que envolve a análise de diversos aspectos, incluindo estrutura física, processos de atendimento, treinamento de pessoal, entre outros. Uma vez acreditados, os hospitais devem manter um compromisso contínuo com a melhoria da qualidade e segurança.

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