SEGURANÇA EM HOSPITAIS, CLÍNICAS E CONSULTORIOS
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quarta-feira, 18 de outubro de 2023
terça-feira, 17 de outubro de 2023
ARTIGO SOBRE SEGURANÇA HOSPITAR
Especialista em segurança hospitalar mostra quais as
fragilidades de segurança e os alvos de criminosos
Embora pouco noticiado para preservar a imagem, os hospitais,
assim como todos os grandes empreendimentos no Brasil, são alvo potenciais de
crimes.
Com o aumento da criminalidade no país a maioria das
instituições está investindo em segurança patrimonial, criando mais controle
nos seus acessos com barreiras físicas no entono do perímetro e tecnologia de
ponta, fazendo migrar estes tipos de crimes para os hospitais o qual o controle
de acesso com estes tipos de equipamentos ainda não é comum, principalmente em
função do baixo investimento ou mesmo nenhum, como ocorre em hospitais
públicos.
Os hospitais possuem vulnerabilidades que potencializam o
interesse dos criminosos como: a concentração de produtos de alto valor
agregado (remédios e equipamentos) e facilidade de transporte; o estado
emocional dos pacientes e acompanhantes, que dificultam a atenção aos seus
pertences e a facilidade de acesso e movimentação pelas áreas internas do
hospital.
“Por influência da arquitetura hospitalar, que em sua maioria
tem construções criando vários blocos e anexos, na maioria das vezes sem uma
perfeita integração entre eles, além de muitos acessos, várias entradas e
portarias, dificulta o controle e facilita ações de quadrilhas e oportunistas.
Para ambientes com essa complexidade, os projetos de segurança devem ser
elaborados com uma grande profundidade de análise. Pra isso deve ser considerada
não apenas a proteção propriamente dita, mas também como as equipes e os
recursos de segurança podem auxiliar a criar um clima de confiança que favoreça
o tratamento e a cura dos pacientes”, comenta Alexandre Judkiewicz, Diretor
Nacional de Operações do GRUPO GR.
Segundo Judkiewicz, que atuou por anos na gestão de segurança
de hospitais, diz que não há um perfil criminal definido que atua no segmento
hospitalar, o perfil varia de acordo com o alvo do crime (equipamentos,
remédios, roubo de pertences, documentos) e níveis de segurança e proteção
diferentes em cada hospital. “A atuação criminosa sempre considera as
vulnerabilidades dos hospitais: controles de acesso frágeis, movimentação
interna sem controle, falta de processos de prevenção de perdas em farmácias, o
estado apreensivo dos pacientes e acompanhantes que deixam seus pertences
soltos e sem monitoramento, almoxarifados decentralizados sem controle de
movimento”, explica.
Mas qual o verdadeiro alvo dos criminosos?
– Furtos (normalmente internos) de medicamentos psicotrópicos
e, algumas vezes até de itens como Botox;
– Furtos de equipamentos médicos de alto valor agregado e
pequenos, como equipamentos de endoscopia, medidores de pressão, oxímetros, e
etc.,
– Furtos de pertences por oportunidade (bolsas, carteiras,
celulares, laptops, etc.), quando deixados em lugares de fácil acesso sem
monitoramento.
“Importante destacar que os crimes contra o patrimônio mais
comuns em hospitais não são a principal preocupação dos administradores e corpo
de segurança. O risco que tem a absoluta prioridade é a tentativa de sequestro
de bebês”, completa Alexandre Judkiewicz.
Em um ambiente hospitalar existem vários tipos de emoções,
desde a felicidade do nascimento e cura até o medo, apreensão e dor da perda,
por isso a segurança patrimonial em um ambiente hospitalar tem que atuar de
forma inteligente com muita descrição a identificar e prevenir ameaças
potenciais e reais através de treinamentos específicos, campanhas de divulgação
e conscientização de práticas de segurança.
Segundo o Diretor Nacional de Operações do GRUPO GR os cinco
principais pontos que devem ser observados num bom projeto de segurança
hospitalar são:
1) Análise
territorial – local onde o hospital está construído, características do
entorno, meios de transporte do entorno, índices criminais da região, presença
das forças de segurança pública, sazonalidades locais, etc;
2) Análise dos riscos
do empreendimento – verificação dos riscos puros aos quais o empreendimento
está sujeito. Risco puro é o risco antes do tratamento, ou seja, trata-se da
ameaça considerada realizada sem que nenhum empenho seja feito para evitá-la;
3) Determinação dos
sistemas de proteção – mitigação de cada risco apurado;
4) Determinação dos
sistemas de gerenciamento de crises e emergências – o caso da manifestação dos
riscos apurados;
5) Controle de
qualidade e produtividade – regulação dos indicadores de todas as ações, normas
e procedimentos adotados.
“Para uma segurança patrimonial em um ambiente Hospitalar ter
sucesso depende muito do grau de envolvimento, cooperação e participação do
público interno, que precisa ser inserido nas medidas de segurança patrimonial
estabelecidas e terão que ser estimulados a participar. Também para a segurança
atingir seus objetivos se faz necessário uma segurança voltada a um sistema
integrado com todas áreas do hospital, gerando assim uma sensação de segurança
para colaboradores e usuários, protegendo os bens da organização e contribuindo
na busca de ambiente saudável e mais seguro”, finaliza Alexandre Judkiewicz.
Fonte Revista Hospitais Brasil
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
ROTEIROS E DIRETRIZES PARA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
Existem roteiros e diretrizes específicas para a acreditação em hospitais, que são desenvolvidos por organizações de acreditação, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA) no Brasil e a Joint Commission International (JCI) a nível internacional. A seguir, apresento um roteiro geral que pode ser adaptado com base nas diretrizes específicas da organização de acreditação escolhida:
1. Pré-Acreditação:
Comprometimento da Administração: A primeira etapa envolve a
obtenção do comprometimento da alta administração do hospital para buscar a
acreditação e designar uma equipe de coordenação do processo.
Seleção da Organização de Acreditação: Escolha a organização
de acreditação que melhor se adapte às necessidades do hospital (por exemplo,
ONA, JCI).
2. Preparação:
Formação de Equipe: Crie uma equipe multifuncional que inclua
representantes de todas as áreas do hospital, desde médicos e enfermeiros até
pessoal administrativo e de apoio.
Avaliação Inicial: Realize uma avaliação inicial para
identificar as lacunas entre os padrões de acreditação e as práticas atuais do
hospital.
Desenvolvimento de Políticas e Procedimentos: Crie ou
atualize políticas, procedimentos e protocolos para garantir a conformidade com
os padrões de acreditação.
3. Implementação:
Treinamento e Educação: Forneça treinamento e educação
contínuos para os funcionários em relação às práticas e procedimentos a serem
seguidos.
Avaliação de Riscos e Segurança do Paciente: Implemente
programas para avaliar e gerenciar riscos, bem como garantir a segurança dos
pacientes.
Monitoramento e Melhoria Contínua: Estabeleça sistemas de
monitoramento para acompanhar o desempenho do hospital e implementar melhorias.
4. Auto avaliação:
Auto avaliação Interna: Realize auto avaliações regulares para verificar a conformidade com os padrões de acreditação. Identifique áreas de melhoria e desenvolva planos de ação para resolvê-las.
5. Visita de Avaliação:
Agendamento da Visita de Avaliação: Marque a data da visita
de avaliação pela equipe de avaliadores da organização de acreditação.
Preparação para a Visita: Prepare a documentação necessária e
forneça acesso aos avaliadores a todas as áreas do hospital.
6. Resultados e Melhoria Contínua:
Recebimento do Relatório de Avaliação: Após a visita de
avaliação, o hospital receberá um relatório com os resultados.
Implementação de Melhorias: Implemente quaisquer
recomendações ou ações corretivas sugeridas no relatório de avaliação.
Monitoramento Contínuo: Mantenha a conformidade com os
padrões de acreditação e continue a monitorar e melhorar o desempenho do
hospital.
NÍVEIS DE ACREDITAÇÃO DA ONA
A ONA, por exemplo, possui três níveis de acreditação:
Acreditado, Acreditado Pleno e Acreditado com Excelência, cada um com critérios
específicos. A JCI, por sua vez, é uma organização internacional de acreditação
que também avalia hospitais no Brasil com padrões internacionais.
É importante mencionar que a acreditação hospitalar não é
obrigatória no Brasil, mas é altamente recomendada. Muitos hospitais e clínicas
buscam acreditação como uma forma de demonstrar seu compromisso com a qualidade
e a segurança do paciente.
No entanto, a acreditação não é uma solução definitiva para
todos os problemas do sistema de saúde no Brasil. Ainda existem desafios
significativos, como a falta de acesso a serviços de saúde em algumas regiões,
a escassez de recursos financeiros e a necessidade de investimentos em
infraestrutura e capacitação de profissionais de saúde. A acreditação é apenas
uma parte do esforço necessário para melhorar o sistema de saúde brasileiro,
mas desempenha um papel importante na busca por melhores padrões de atendimento
e segurança para os pacientes.
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL
Acreditação hospitalar no Brasil é um tema de grande
importância no sistema de saúde do país. A acreditação é um processo voluntário
pelo qual instituições de saúde buscam a validação de sua qualidade e
segurança, por meio da avaliação de conformidade com padrões preestabelecidos.
No Brasil, a acreditação hospitalar é conduzida por organizações como a
Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Joint Commission International
(JCI).
A acreditação hospitalar tem diversos objetivos e benefícios:
Melhoria da Qualidade Assistencial: A acreditação promove a
melhoria contínua na qualidade dos serviços de saúde, incentivando a adoção de
boas práticas e aprimorando os processos de atendimento ao paciente.
Segurança do Paciente: Através da avaliação dos processos,
procedimentos e estrutura física, a acreditação visa garantir a segurança dos
pacientes, reduzindo erros médicos e eventos adversos.
Eficiência Operacional: A implementação de padrões de
acreditação muitas vezes resulta em maior eficiência na gestão hospitalar, o
que pode levar a redução de custos e melhor utilização de recursos.
Competitividade: Hospitais acreditados muitas vezes têm uma
vantagem competitiva, pois a acreditação é vista como um selo de qualidade que
pode atrair mais pacientes e investidores.
Conformidade Legal: A acreditação também ajuda os hospitais a
atenderem às regulamentações governamentais e a cumprir as normas de saúde,
minimizando riscos legais.
Para obter a acreditação hospitalar no Brasil, as
instituições de saúde passam por um processo de avaliação rigoroso, que envolve
a análise de diversos aspectos, incluindo estrutura física, processos de
atendimento, treinamento de pessoal, entre outros. Uma vez acreditados, os
hospitais devem manter um compromisso contínuo com a melhoria da qualidade e
segurança.